PM foragido por morte de personal trainer é investigado por ataque a tiros em empresa de Várzea Grande (MT)
15/09/2025
(Foto: Reprodução) PM fez cerca de dez disparos contra uma empresa em agosto
O policial militar Raylton Duarte Mourão, suspeito de envolvimento na morte da personal trainer Rozeli da Costa Nunes, de 33 anos, também é investigado por um ataque a tiros contra uma empresa em Várzea Grande (MT), no dia 11 de agosto. Câmeras de segurança flagraram a ação (assista acima).
Nas imagens, é possivel ver o momento em que aparece a marca dos tiros em cima do carro.
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Portão da empresa com marcas de tiros após ataque
Reprodução
Segundo a polícia, um empresário relatou que um motociclista fez cerca de dez disparos na entrada de sua empresa, no bairro Parque Del Rey, após ele denunciar descarte irregular de entulho em um terreno de sua propriedade. O caso foi registrado na polícia como ameaça e disparo de arma de fogo.
Conforme o boletim de ocorrência, câmeras de segurança flagraram um caminhão da empresa de Raylton descartando irregularmente entulhos no local.
No dia seguinte, a vítima ligou para a empresa, avisou que formalizaria denúncia junto à Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e pediu a retirada imediata do material. Segundo o delegado Bruno Abreu, o número de telefone registrado no boletim é o mesmo usado pelo PM.
A vítima relatou que durante a ligação, um homem não identificado que atendeu o telefone adotou tom ameaçador e disse para o comerciante “aguardar”. Cerca de 30 minutos depois, um motociclista se aproximou da entrada da empresa e efetuou aproximadamente dez disparos de arma de fogo, que foram gravados pelas câmeras de segurança.
Ninguém ficou ferido. A Polícia Civil segue investigando o caso.
Nesse domingo (14), a Justiça decretou a prisão temporária de 30 dias do policial e da esposa dele, Aline Valando Kounz, pela morte de Rozeli.
Policial militar Raylton Mourão e a esposa Aline Valando Kounz
Reprodução
O casal ainda não foi localizado e agora é considerado foragido. A Corregedoria da Polícia Militar informou que instaurou um processo administrativo para apurar o caso.
A principal linha de investigação aponta que uma disputa judicial entre Rozeli, o PM e a esposa dele teria motivado o crime. Os dois foram alvos de busca e apreensão neste sábado (13), mas fugiram antes da chegada dos investigadores.
Segundo a investigação da Polícia Civil, um caminhão de uma empresa de fornecimento de água, supostamente administrada pelo policial militar e que não possui CNPJ, teria se envolvido em um acidente com Rozeli. Ela acionou a Justiça contra o casal e havia inclusive uma audiência marcada para esta semana.
O que levantou a suspeita dos investigadores foi o fato do PM não ter aparecido no plantão do último sábado, além de outros indícios.
A Polícia Civil mantém a investigação sob sigilo.
Relembre o caso
Momento em que a personal trainer é assassinada a tiros por motociclista em movimento
Rozeli foi morta com cerca de seis tiros. As imagens mostram que os suspeitos foram atrás da vítima e, ao vê-la sair de carro, passaram a segui-la pela rua até o momento do assasinato.
Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu por volta de 6h20, quando ela foi surpreendida pela dupla e baleada. O caso é investigado como homicídio e a dupla é procurada.
Rozeli deixou dois filhos, de 6 e 12 anos, e o marido, que é caminhoneiro e estava viajando a trabalho, em Sorriso, a 420 km da capital, quando o crime ocorreu.
Rozeli da Costa Nunes
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