Presidente de time investigado por tráfico e bets ilegais retorna à prisão após descumprir medidas cautelares em Cuiabá
08/09/2025
(Foto: Reprodução) Sebastião Lauze Queiroz de Amorim foi preso em Cuiabá
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O presidente de um time de futebol amador, Sebastião Lauze Queiroz de Amorim, foi preso novamente nesta segunda-feira (8), após descumprir medidas cautelares. No dia 21 de agosto, ele teve a prisão convertida em domiciliar, após ser preso durante a Operação Ludus Sordidus, que investiga a atuação de uma facção criminosa em esquemas de tráfico de drogas, jogos de azar, estelionato e lavagem de dinheiro, em Cuiabá.
Sebastião é apontado como chefe da facção na região dos bairros Jardim Liberdade e Osmar Cabral. Segundo a Polícia Civil, ele continuou praticando os crimes mesmo em prisão domiciliar e chegou a se reunir com outros integrantes do grupo criminoso.
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O g1 tentou localizar a defesa de Sebastião, mas não tinha conseguido até a última atualização desta reportagem.
Agora, com o novo mandado de prisão decretado pela Justiça, os policiais foram até a casa do investigado, onde a ordem judicial foi cumprida e ele foi colocado à disposição do Poder Judiciário.
Na época, ele teve a prisão convertida após um laudo médico comprovar que ele sofre de cardiopatia grave, com entupimento arterial e risco de infarto. O juiz ainda autorizou que Sebastião fosse liberado para acompanhar o velório e o enterro do irmão, morto em confronto com a polícia.
Segundo a Polícia Civil, o presidente do time usava projetos sociais como fachada, mas controlava o tráfico de drogas e jogos ilegais em bairros da capital, como Osmar Cabral e Jardim Liberdade.
Ele também recebia 10% dos lucros de uma plataforma de apostas clandestinas e dinheiro de golpes em sites de compra e venda, além do tráfico.
Investigação
Operação Ludus Sordidus investiga esquema de tráfico de drogas e jogos de azar em MT
As investigações começaram em dezembro de 2023, quando membros da facção interromperam uma reunião comunitária no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, fazendo ameaças. O grupo confundiu o encontro com um ato político porque estavam presentes um secretário de Estado e a irmã de um dos investigados, pré-candidata a vereadora.
A partir disso, a Polícia Civil mapeou a atuação da facção e descobriu a estrutura criminosa que controlava parte da região, além de expandir as atividades para outras cidades.
Presidente de time amador e influencer ‘ostentação’ são alvos de operação contra tráfico de drogas e bets ilegais em MT
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