Réus por homicídio de jovem para receber seguro milionário são condenados a prisão em MT
07/11/2025
(Foto: Reprodução) Paulo Sander Alves, de 20 anos, foi morto a tiros em 2016
Reprodução
Os réus Jean Paolo de Lima Pirolla e Uemerson Gonçalves de Souza foram condenados à prisão pela Justiça de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, pelo assassinato de Paulo Sander Alves, morto em 2016 para que os suspeitos recebessem parte de um seguro de R$ 2 milhões. A sentença foi divulgada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), nessa quarta-feira (5).
O g1 tenta contato com a defesa dos condenados.
Com a sentença, Jean foi condenado a 18 anos de reclusão e 10 dias-multa, enquanto Uemerson foi condenado a 19 anos de prisão. Os réus iniciarão o cumprimento da pena em regime fechado e não poderão recorrer da sentença em liberdade.
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O Conselho de Sentença reconheceu que o homicídio foi cometido com um meio que dificultou a defesa da vítima. Além disso, confirmou que Jean Paolo cometeu o crime de porte de arma de fogo de uso restrito.
Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o crime ocorreu no Guincho Auto Socorro Brasil Resgate, no Bairro Jardim Monte Líbano, no município. A investigação apontou que o homicídio foi planejado por Fábio Sérgio Vitor, em conjunto com a esposa Valéria Gonçalves Teixeira, donos do guincho. Na época, o casal foi preso nove meses após o crime.
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O objetivo, conforme as investigações, era receber a indenização de um seguro de vida contratado em nome da vítima, que era funcionário da empresa. Valéria era beneficiária de 90% do valor, estimado em R$ 1,8 milhão.
Segundo a promotora Ana Flavia de Assis Ribeiro, o seguro de vida foi feito pelo casal em nome da vítima, que foi morta cerca de 20 dias depois. Os mandantes também foram denunciados, mas o processo deles ainda não foi julgado, porque foi desmembrado.
A sessão de julgamento durou cerca de 13 horas. No júri, atuaram as promotoras Ana Flavia de Assis Ribeiro e Marcelle Rodrigues da Costa e Faria, esta última designada pelo GAEJúri.
Entenda o caso
O crime ocorreu em fevereiro de 2016. A vítima, que trabalhava na empresa do casal há cerca de quatro meses, foi atraída para o escritório enquanto estava de folga, sob a alegação de precisar resolver um problema.
No dia, o porteiro do prédio foi avisado para buscar a vítima, acompanhado de outros suspeitos armados. A entrada dos criminosos foi facilitada por um terceiro funcionário da empresa, primo de uma das mandantes. A vítima foi morta a tiros dentro do estabelecimento.
O casal foi preso durante a Operação Seguro Premiado, deflagrada pela Polícia Civil e pela Polícia Militar. Eles teriam encomendado o assassinato para receber 90% de um seguro de vida feito em nome da vítima. O valor, no entanto, nunca chegou a ser pago, já que as investigações apontaram a motivação criminosa.